Clero faz retiro no Santuário de Schoenstatt com pregação de Dom Fernando Penteado

Entre os dias 25 e 28 de maio, o clero da Região Santana fez seu retiro, em Atibaia, no Santuário de Schoenstatt, tendo como pregador, Dom Fernando Penteado, bispo emérito de Jacarezinho, Pr.

Dom Fernando abordou alguns aspectos da vida sacerdotal como celibato, o lado misericordioso e a importância da vida em relação com o próximo, fazendo um paralelo com a Trindade que vive em relação.

Durante o retiro alguns eventos comoveram os participantes, como na primeira noite, quando padres e diáconos saíram em procissão pelo jardim rezando o terço e orando pelas vocações, meditando e pedindo a Cristo para que todos aceitem seu chamado para a vida consagrada, matrimonial ou leiga, de modo a assumir a vocação cristã na caminhada da vida que é repleta de provações, mas também de alegrias para chegar à ressurreição.

Outro instante marcante aconteceu no segundo dia, quando Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, cedeu a presidência da celebração eucarística para o Padre José de Coito Pita, pároco da Paróquia Santo Antonio do Tucuruvi, que está fazendo 50 anos de sacerdócio em 2015. A missa foi concelebrada no altar com outros padres jubilandos, os que fazem 25 anos: João Holek, MS, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Benedito Hercules Daniel, pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga da Jaçanã, e José (Zezé) Benedito Brebal Hespaña, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Setor Mandaqui; e o que faz cinco anos, Padre Wilson dos Santos, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Matias.

Em sua homilia, Padre Pita lembrou que em sua infância ouviu o mesmo Evangelho daquele dia, 26, festa de São Felipe Neri, em que Cristo diz que quem o segue abandona pai, mãe, e terá a recompensa da vida eterna. No entanto, ele recordou que o que lhe impressionou foi a continuação do Evangelho: mas sofrerá atribulações. Mesmo assim quis ser padre. Ordenado, trabalhou em missões como redentorista em Goiás e no Amazonas. Relembrou que duas vezes foi preso na ditadura por defender padres perseguidos e mortos. Tudo eram tribulações. Depois de lecionar filosofia no seminário, saiu para ser padre secular atuando em diversas paróquias de São Paulo nas Regiões Episcopais da Lapa e Santana.

O jubilando informou que nunca pensava que chegaria a fazer 50 anos de sacerdócio e nem 80 anos de idade, e Deus lhe deu essa felicidade. Padre Pita falou de seus defeitos, como possuir um jeito de falar que os outros interpretam como bravo. Por isso, pediu perdão e disse, como São Paulo, que combateu o bom combate, guardou a fé e espera da misericórdia divina a vida eterna.

 

Diácono Francisco Gonçalves