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HISTÓRIA DA PARÓQUIA SANTA TEREZINHA DO JAÇANÃ

Na década de 1910 o bairro do Guapira, hoje conhecido por Jaçanã era muito pouco habitado. A região abrigava o hospital de leprosos "São Luiz Gonzaga", e isso contribuía muito para a falta de interesse em morar no bairro, pois as pessoas temiam o contágio com a lepra. Com o passar dos anos o hospital deixou de cuidar dos leprosos para se dedicar ao tratamento da tuberculose. Além disso, os nomes "Guapira" e "Lepra" estavam sempre relacionados entre si. A solução encontrada foi mudar o nome da região para "Freguesia do Jaçanã", por causa de uma espécie de pássaro (Jaçanã) que habitava a região. Na região só existiam duas capelas, uma dentro do "Asilo dos Inválidos Dom Pedro II" e outra no "Hospital de Leprosos São Luiz Gonzaga". A igreja mais próxima era a Menino Jesus do Tucuruvi.

O asilo era dirigido por irmãs de caridade. E foi justamente de uma dessas irmãs, a irmã Filomena, que nasceu o sonho de construir uma nova igreja na região.
primeiro passo era conseguir o terreno, que foi doado em 1922 pela Sra. Constança de Oliveira Vieira de Carvalho, através do procurados da Família Sr. Sebastião Laert, um terreno de 8 mil metros quadrados localizado na estrada do Guapira. Através de uma pesquisa com a comunidade foi escolhida como padroeira Santa Terezinha. Após a escolha da padroeira, a irmã Filomena, mandou vir da França a imagem da Santa. Houve certa confusão na época da chegada da imagem. Os responsáveis pela entrega tinham ordem de só fazê-lo diretamente à irmã Filomena que na ocasião estava viajando. A imagem só foi entregue algum tempo depois na cidade onde a irmã Filomena se encontrava.

GENTE UNIDA PARA CONSTRUIR UMA IGREJA

O povo em mutirão roçava o mato do terreno e, ali mesmo, começavam as grandes quermesses de Santa Terezinha. A movimentação era grande e se expandia cada vez mais. As irmãs do Asilo trabalhavam fazendo doces e salgadinhos para a quermesse. As procissões com andor eram realizadas com frequência. No Andor eram colocadas as prendas; frutas; cabritos; leitões; etc., que eram leiloadas ao final da Quermesse. Muitos vaqueiros participavam do movimento buscando doações. As pessoas visitavam de caminhão os bairros vizinhos pedindo donativos. Os donos de olarias, principalmente a família Rinaldi, doavam tijolos. Toda comunidade comungava um único sonho - ver a igreja construída.
Finalmente em 1925, são iniciadas as obras da capela Santa Terezinha no local onde está construída a creche. No dia 25 de abril de 1930 o Pe. Paulo Florencio de Camargo celebrava a primeira missa na nova capela.
Passavam-se os anos e a população do Jaçanã aumentava. A capela de Santa Terezinha tornava-se pequena para o grande número de fiéis. As missas dominicais atraiam multidões e as pessoas precisavam de um espaço maior e mais confortável. O Padre Bruno estava com a ideia fixa na construção de um novo templo. Espaço para isso havia de sobra. A capela ocupava apenas uma pequena parte do terreno. Foi então, que em 1932 um engenheiro do bairro fez gentilmente, a pedido do Padre Bruno, a planta da nova Igreja. O projeto foi incrementado e, no dia 19 de março de 1934, a Prefeitura do Município de São Paulo aprova a planta.

DE CAMPANHA EM CAMPANHA...
Novamente começariam as grandes campanhas. As dificuldades seriam as mesmas, pois, se por um lado a população do bairro havia aumentado, por outro, a construção da nova Igreja iria exigir muito mais dinheiro. Foram anos de muitas lutas. Cada um contribuía como podia, ora fazendo doações, ora trabalhando em mutirão colocando a mão na massa.
Finalmente no dia 25 de julho de 1937, o sonho se tornava realidade. E acontece a primeira missa no novo templo: "Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus do Jaçanã". A missa de inauguração aconteceu às nove horas da manhã. Começavam as comemorações na nova Igreja que, apesar de ainda não estar terminada já podia receber a comunidade com mais conforto. Após a grande missa, foi realizado um grande café seguido de um banquete no salão paroquial.

UMA HISTORIA SENDO CONTADA

história da comunidade de Santa Terezinha não tem começo nem fim. É dinâmica. Amanhã, outros tantos farão parte da vida de cada um de nós, dentro e fora de nossa comunidade. O mais importante é se doar com amor e carinho para a comunidade. Trocam-se os padres, reforma-se a igreja, a liturgia e os paroquianos, mas não se troca, e nunca deverá ser trocado o Cristo que está em cada um de nós, alimentando-nos de força, coragem e fé para continuarmos a viver e tomar parte de seu mundo maravilhoso de paz e fraternidade entre os homens.

“NO CORAÇÃO DA IGREJA, SEREI O AMOR”