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Recebo-te.... por todos os dias de minha vida!

“Recebo-te por minha esposa... recebo-te por meu esposo e te prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias da minha vida”.

Amar quer dizer não só desejar, mas respeitar, merecer e aprender o mútuo respeito e, tendo sempre diante dos olhos, o vínculo que une no matrimônio dois seres humanos. Amar é ter a consciência de que tal ligame é indissolúvel, dura, por instituição divina até a morte.

Eis o vínculo matrimonial que nasce do amor recíproco, se exprime mediante o juramento conjugal, que começa e se realiza diante da infinita majestade de Deus, por aquele mesmo amor com que o Pai nos amou no seu Filho, Jesus Cristo, Redentor do mundo!

Os esposos participam da função redentora de Cristo, ao assumirem integralmente, por vocação divina, a finalidade para a qual o matrimônio foi instituído. Cada união nasce pelo pacto entre um casal, mas com um conteúdo divinamente estabelecido, a unidade e a indissolubilidade, ordenado à procriação e à educação da prole.

A presença do Filho de Deus nas bodas de Caná da Galiléia serve de especial confirmação desta grande verdade. Jesus, ali chega com sua mãe e os apóstolos, e confirma a importância deste sacramento, inclusive, com o primeiro milagre (ou sinal), que realiza pelo bem dos donos da festa, e após o pedido de sua mãe  (Cfr. Jo 2, 1-11).

Depois, com suas palavras, Jesus afirma a indissolubilidade do matrimônio, como instituição divina ao recordar que “desde o início” da criação Deus ‘fez homem e a mulher. E, por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e os dois serão uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe’ (Mc 10,6-9).

Nestes dois mil anos de caminhada, a Igreja tem ensinado a verdade sobre a família e o matrimônio. Hoje, precisamos reafirmar esta verdade, principalmente para as novas gerações. Os jovens têm o direito de conhecer a verdade, têm o direito a sonhar com projetos duradouros e permanentes. Não podemos permitir que roubem de nossos jovens o ideal de família ensinado por Jesus.

É urgente que seja constituída em todas as paróquias a Pastoral Familiar. Uma pastoral viva, forte, que tenha a família como a grande prioridade pastoral do século 21.  Sem uma família respeitada e estável não pode haver um organismo social sadio, sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial! (Cf. João Paulo II, Mensagens).

 

Dom Sergio de Deus Borges - Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana